top of page

BIOGRAFIA

Musico, compositor, interprete, arte educador no projeto "Arte na Casa", produtor musical e audiovisual, web designer entre outras essas são algumas habilidades que o rapper MC Toroká desempenha, conheça um pouco mais sobre sua caminhada.

Carlos Eduardo Fagundes Maia, conhecido artisticamente pelo apelido de "Toroká" deu início a sua trajetória na música Rap no final do séc. XX, especificamente no ano de 1997. 

 

Inicialmente influenciado pelos gostos musicais de seus pais, começou a escutar músicas na sua infância, sua mãe ouvia bastante forró e sertanejo e seu finado pai era compositor e tocava violão, isso o aproximou de gêneros como o "Samba a Bossa Nova e a MPB".

A origem do seu apelido se dá também por influência de seus pais, pois ambos costumavam fazer rolo e o mesmo aprendeu a arte de negociar cedo, por não saber pronunciar a palavra troca devido uma dificuldade de pronuncia, chamava no rolo com o termo Toroká o que gerou bulling por muitos anos na vida do artista e tornou-se sua identidade na comunidade onde cresceu.

Em 97 inicia seu percurso ​através do grupo "Calibre Rap", grupo que ficou menos de um ano no cenário, logo em seguida funda o grupo "Ativa Rap" entre 97 e 98, qual se apresentou em várias comunidades de São Paulo e cidades do litoral e do interior da capital entre 98 e 03.

 

Um ano antes do Ativa Rap acabar Toroká inicia um circuito de apresentações em parceria com o grupo Trama da Rima, formado por Erick 12 (Ex: Facção Central), Marrom (EX: Família RZO), WB, Viviam e Alex Trama depois disso em 2004 começa a trilhar seus primeiros passos em carreira solo e é a partir daí que que começa se aprofundar em outras áreas em busca de especialização para dar mais suporte aos seus projetos musicais e culturais.

                                 

Em 2002 integra a banca e participa do CD Reviravolta Máfia Vol. 1 e participa também da Mix tape “A Revolta dos Humildes”, em 2004 inicia atividades ligadas a projetos socioculturais envolvendo tecnologia da comunicação com a (Radio Konquix) e os quatro elementos do Hip Hop interagindo com diversos coletivos culturais locais e organizações não governamentais de interesse público e social.

 

Em 2005 conhece o DJ e produtor RM o qual passou a produzir oficialmente suas músicas através do selo “Arame Records” e a parceria inicia com o lançamento do primeiro trabalho de Toroká a ganhar as ruas, o CD MIX TAPE "DIRETAMENTE DO KONQUIX" o qual define uma identidade marcante na carreira do rapper.

 

Em 2008 participa do 1º DVD da Banca Reviravolta-Máfia "O Bando Reunido" ao lado de DJ RM, Maskot (Casino) e Eric Marques na época parceiros de estrada de Toroká na época. Em 2009 participou do festival Rap Popular Brasileiro da CUFA (Central Única das Favelas) recebendo a terceira colocação no festival com a música “Gueto Fobia” em um dueto com Eric Marques, de lá para cá foram várias atividades, somando todas calcula-se 22 anos de carreira que se consolidaram em palcos variados como: CEDECA Hip Hop em Festa, Virada Cultural, Mês do Hip Hop, RPB, Sesc entre tantos outros de quebrada.

  

Após um bom tempo sem lançar nada na rua prepara para este ano de 2019 um álbum intitulado “Brasil Não Se Escreve Com Z”, CD que inclui 15 faixas autorais com produções de: DJ RM nas faixas 01, 07, 11 e 14, Gedsom Dias nas faixas 03, 04, 05 e 15, Nobre Loko nas faixas: 12 e 13, Toroká produzindo as faixas: 06, 09 e 10 com violino de Charlie Rakin nas faixas 09 e 10 e finalmente produzindo a faixa 02 do CD, JSM Beats. Produção de arte e capa de Toddy (Grupo Opni), gravação, mixagem e masterização por Gedsom dias no studio Cartel Treze, o álbum tem a previsão de chegar nas ruas em março de 2019 com as participações de Maskot e André (Cassino), Arturo (Bolivia), Charlie Rakin (New York), DJ RM nos Scratchs e Cesar Sotaque e Shirley Casa Verde (Cagebe).

Auto Biografia

Depois que conclui o ensino médio e os estudos nas oficinas de ritmo, poesia e canto do projeto (Arte em Movimento) do CEDECA em 2003, o Marrom “meu professor na época” disse que eu estaria apto a dar aulas no seguimento “Ritmo e Poesia”, eu montei um projeto de Hip Hop cujo o objetivo era unir as vertentes da cultura Hip Hop para desenvolver essas oficinas na minha comunidade, convidei alguns amigos para atuar comigo nessa frente e fomos os pioneiros a fazer esse trabalho na região de São Mateus, pois assim como eu, outros jovens atravessavam a cidade passando por baixo das catracas de ônibus alguns iam até andando para a região do Sapopemba onde aconteciam as atividades no CEDECA “Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente” para participarem de atividades culturais e atividades ligadas ao Hip-Hop,  como na minha área não tinha isso e na época havia uma grande demanda por parte da juventude local tive a ideia de levar essas oficinas pra lá, nesse período minha carreira começou a se dividir porque eu já não era mais apenas um cantor de Rap eu passei a ser um multiplicador da cultura Hip Hop, então montei um coletivo chamado “Os Quatro Elementos” o que alguns anos depois passou a se chamar “Konquix”, uma alusão ao bairro (Jardim da Conquista) onde inicialmente implantamos essas atividades educacionais e culturais.

Começamos atendendo de forma voluntaria algumas instituições locais ligadas a igreja católica, Céus, Escolas Estaduais e Municipais, Quadras, Creches da região e ao mesmo tempo começamos a fazer cursos ligados a elaboração e gestão de projetos sociais, a primeira instituição que acolheu o nosso projeto foi o “Programa Aprendiz Congas – PAC 5” na época, localizado na região central (BRAS), onde durante seis meses recebemos condução e um salário para estudar escrita e implantação de projetos sociais para a nossa comunidade, foi uma experiência incrível, nunca antes nenhum de nós membros do coletivo, tínhamos tido uma oportunidade dessas.

Passado o período de incubação a gente já tinha uma experiência no campo social atuando de forma voluntaria e agora queríamos elevar o nível, levando de forma profissional o ensino da arte e da cultura Hip Hop para as escolas da nossa região além das apresentações artísticas que sempre aconteciam de forma simultânea, nosso coletivo começou a crescer e a comunidade começou notar nossa atuação, os graffitis nos muros, os eventos de Hip Hop na quebrada com grande frequência no CEU São Mateus por exemplo foram inúmeras produções e nossos educandos se multiplicando por onde a gente passava com as quatro vertentes do Hip-Hop.

O diálogo com o poder público foi ficando cada vez mais estreito e o descaso cada vez mais nítido porque sempre havia um pretexto para não fomentar nossas ações e também as ações de outros coletivos semelhantes. Em 2007 a gente ganhou um prêmio do programa aprendiz congas o qual financiou o CD Diretamente do Konquix e na sequencia em 2009 ganhamos um incentivo do Programa VAI para criar uma rádio web comunitária (Radio Konquix), e organizar alguns eventos de Hip Hop na região e quando eu falo em HIP HOP falo em por “Os Quatro Elementos da Cultura atuando de forma equilibrada e Simultânea em cima do palco: (Rap, Breaking, Dj e Graffiti), mais uma vez tivemos a oportunidade de ser pioneiros em algo e dessa vez em toda a cidade com a implantação de um projeto tecnológico na área da comunicação, uma rádio WEB que até então era o segundo projeto de rádio web financiado pelo programa VAI isso no ano de 2009.

Depois disso o coletivo passou a atuar de forma autónoma cada um cuidando dos seus projetos específicos em suas respectivas áreas e eu fui buscar mais especialização desta vez por conta da Radio, não queria deixar nenhuma dessas ações acabar na quebrada então concorri uma bolsa de estudos para estudar (Radio, TV, Cinema e Internet), na Universidade Anhembi Morumbi, me escrevi no programa, concorri com centenas de jovens e entre 40 fui um dos selecionados para ganhar a bolsa e fazer o curso durante um ano na universidade junto com outros jovens empreendedores sociais da Cidade de São Paulo.

De multiplicador da cultura eu passei a ser um empreendedor sociocultural, depois disso arrumei um emprego na área de produção de conteúdo para um projeto chamado COM COM (Comunicação Comunitária) onde tive a oportunidade de pôr todo conhecimento cultural, educacional e tecnológico em pratica ministrando oficinas formativas, desenvolvendo e implantando a estrutura de transmissão real time na Cidade de Cubatão na serra do mar, projeto o qual pertence ao programa “Mosaicos da Mata Atlântica” financiado pelo Banco BID, pelo Governo do Estado, Petrobras e outras multinacionais, fiquei no projeto por um ano até ser demitido por questões ideológicas.

Daí pra frente segui meu caminho e decidi criar meu segundo empreendimento solo, uma gravadora e produtora denominada (TRK Produções) onde comecei a gravar e produzir meus trabalhos e de alguns artistas locais como: Causa Comum, André Causa, Caiuby, União da Kalli, PC Mic, Semeadores, LLions e Dum Dum FC entre outros que passaram por aqui. Em parceria com André Causa criamos a Batalha de MC’s de São Mateus, uma competição de versos de improviso onde passamos a premiar e revelar alguns talentos e com isso demos folego a produção cultural local com o RAP em São Mateus até que no final de 2013 perdi meu pai e isso mexeu profundamente com meu lado emocional, eu estava no processo de produção e gravação de vários discos entre eles o “Brasil Não Se Escreve Com Z”, eu perdi o foco e o ânimo, me senti sem chão e decepcionado com muitas atitudes que estavam acontecendo na área de desenvolvimento Humano “Finalidade Lucrativa, Peculato, Corrupção entre tantas irregularidades que vi acontecer em organizações do primeiro e do terceiro setor tudo isso me deixou para baixo.

 

Depois que eu estudei gestão de projetos e empresas governamentais e não governamentais eu deixa de ser leigo e passei a entender como funciona a esfera desse modelo de negócio, imagine você saber que existe reserva para fomento de projetos culturais em sua mais ampla diversidade e isso tudo está sendo monopolizado e direcionado para pessoas que não atendem um interesse público, mas sim um interesse privado, político e partidário, tudo isso me fez refletir e me afastar do movimento da cidade e acompanhar de fora todos esses desdobramentos, as trocas de prefeitos, as quedas dos cargos de confiança e consequentemente o fracasso dos traidores que tinham cargos de deliberação em mãos e que perderam por conta das ingratidões e das reviravoltas na área política, foi triste ver artistas estrangeiros de países subdesenvolvidos receberem caches exorbitante em dólar nos ambientes públicos onde a comunidade local só é lembrada e convocada a comparecer para prestar serviço voluntario, foi ai que eu despertei e dei um basta, isso me fez encerrar o ciclo “após uma década de existência” de projetos como Radio Konquix e Batalha de São Mateus focando apenas no projeto da gravadora TRK Produções e do meu trabalho artístico como educador, musico e compositor Toroká focando em ações de cunho empreendedor sem perder de vista de fato a "Responsabilidade Social".

Cursos, Formações e Premiações.

2003 - Ensino Médio

2005 - Programa Aprendiz Comgás

2007 - Prémio Aprendiz

2008 - GEMA "Universidade de São Paulo - ECA"

2009 - Ressoar Multimeios "Universidade Anhembi Morumbi"

2009 - RPB " Rap Popular Brasileiro"

2009 - Programa Vai

2010 - Impacta Tecnologia

2010 - SENAC "Gestão de Projetos sociais"

2011 - Prémio IAM - "Iniciativa Jovem Anhembi Morumbi"

Projetos

1997 - Calibre Rap

1998 - Ativa Rap

1999 - Parceiros do Futuro (Rap)

2000 - Arte em Movimento (Medida Semi Aberto LA e PSC)

2002 - Trama da Rima (Rap)

2002 - Reviravolta Mafia (Rap)

2003 - CEU São Mateus (Hip-Hop)

2004 - Pac V (Hip-Hop)

2004 - Os Quatro Elementos (Hip-Hop)

2005 - Bom Parto (Centro de Convivência)

2006 - Creca Pinheiros (Abrigo)

2007 - Escola da Familia (Hip-Hop)

2007 - Konquix (Hip-Hop)

2009 - Radio Estação Konquix (Educomunicação)

2010 - Com Com (Educomunicação)

2011 - Crescer (Medida Semi Aberto LA e PSC)

2014 - De Braços Abertos (Cracôlandia)

2019 - Arte Na Casa (Fundação Casa).

bottom of page